quinta-feira, 11 de julho de 2019

O escrupuloso iluminador da História do Brasil


Olá alunas e alunos do 4º semestre (Licenciatura em História- UNEB/2019.1) matriculados na disciplina Historiografia Brasileira:

Segue a abaixo  (clique no link) do capítulo de Renilson Rosa (2011) para leitura e discussão:

RIBEIRO, Renilson Rosa. “O escrupuloso iluminador da História do Brasil”: os enredos cronológicos e temáticos da 1ª edição da História Geral do Brazil, de Francisco Adolfo de Varhagen (1854/1857). Patrimônio e Memória. UNESP, v.7, n.2, p.86-108, dez.2011.


Instruções:
- Ler e elaborar um pequeno comentário sobre um ou dois aspectos que chamaram a sua atenção ao ler o artigo.
- Postar o comentário (coloque o seu nome junto com o seu comentário para facilitar a sua identificação).
- Ficar atento para responder as possíveis intervenções que realizarei nos comentários postados.
- Data limite para postagem dos comentários: 19/07  às 18h.




18 comentários:

  1. Oi boa tarde Jaque. POSTA O NOSSO COMENTÁRIO NO SEU EMAIL OU AQUI.

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  2. Oi professora, sou Sirlane oliveira silva
    Um dos aspectos que mim chamou atenção neste texto foi que ao escrever o livro A História Geral do Brazil na sua primeira ediçao Varnhagen se posicionou em defesa da matriz europeia- a portuguesa quando fala do feitos do descobrimento da América Central e do Brasil,onde destaca os atos executados pelos descobridores Cristovão Colombo e Pedro Alvares Cabral.Onde o nascimento do Brasil esta sempre ligado a Portugal e os indios faz parte da flora e fauna da nova terra , aparecendo na oitava seção.
    Por isso ao escrever a história do Império do Brasil, no seu livro de História Geral do Brazil ele queria imortalizar o reinado do seu soberano D.Pedro II.

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    1. Sirlane:

      Ribeiro (2011) chama Varnhagen de "O escrupuloso iluminador da História do Brasil" no título do artigo que estamos discutindo aqui (Sofia e as Corujas) e em sala de aula (UNEB). Qual a relação que podemos estabelecer entre o título do artigo e o fato de Varnhagen dar ênfase maior na contribuição européia na História Brasil?

      Jacquelyne Queiroz

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  3. O terceiro ponto, o autor Ribeiro (2011) chama atenção para o real sentido do ensaio não focando apenas na busca de indentidade para a nação brasileira, nem somente a intenção do Visconde de Porto Seguro em restringir a nação num ponto de vista europeu. Porém, analisar o espaço em que o visconde se encontra, se questionar pelo motivo que a cultura portuguesa seja o "norte" na construção da História Geral do Brazil. Perceber que dentro do discurso existe a relação de poder, uma espécie de medição que descrevia negros, indígenas e estrangeiros como ameaça do padrão de civilização ideal português, formando também uma narrativa vitoriosa da colônia em cima dessas "ameaças". Portanto, é uma narrativa carregada de pontos escolhidos para contar "a história da emergência de um objeto de saber" apenas positivos do passado colonial brasileiro.

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    1. Raquel:

      Qual a relação podemos estabelecer entre o "norte" escolhido por Varnhagen para estruturar a História do Brasil e as Revoltas do Período Regencial que ocorreram no Brasil entre 1831-1840?

      Jacquelyne Queiroz

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  4. Andressa Bozetti
    o autor Ribeiro (2011), chamou minha atenção quando relata, que Francisco Adolfo de Varnhagen em sua obra "História Geral do Brasil", faz uma narrativa histórica do Brasil colonial na intenção de preservar a memória da monarquia brasileira, onde os portugueses são personagens principais vistos como descobridores e colonizadores, enquanto os índios e negros são apontados de forma secundária, sendo apresentados somente a partir da oitava seção. Para Varnhagen, escrever a história do Império do Brasil era uma forma de imortalizar o reinado de D. Pedro II. A narrativa de Varnhagen é escrita de forma cronológica.

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    1. Andressa:

      Qual é o paradoxo que podemos perceber entre a tentativa de Varnhagem justificar/legitimar o governo de D. Pedro II e Ribeiro (2011) chamá-lo de "o escrupuloso iluminador"?

      Jacquelyne Queiroz

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  5. Larissa do Rosário, “Colligir, methodizar, publicar ou archivar”: O IHGB, Varnhagem e a escrita da História do Brasil.

    A escrita da história nacional se consolida através do processo de construção identitário surgido entre o final do período regencial e no decorrer do Segundo Reinado, promovida para assegurar a unidade territorial em meio às turbulências dos ideários republicanos presente em terras latinas e em prol de apaziguar conflitos locais, fabricando assim, sentimento de pertença e orgulho territorial nos indivíduos. Desta maneira, as instituições que colaboravam para a elaboração de uma memória coletiva serviram de artífices do Império brasileiro para a sua consolidação. O Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB) tornou-se um dos principais elementos para a construção do passado brasileiro, fundado em 1838 por grupos de intelectuais e políticos sob a chancela e tutela do imperador. O instituto era uma tentativa de suprir necessidades da então recém-produção historiográfica de um passado dantes não visto. Mediante a este cenário, a figura do Varnhagem (1816-1879) o visconde de Porto Seguro, destaca-se e transfigura como o patrono da história do Brasil, “o escrupuloso iluminador da História do Brasil” dentre outros adjetivos. A historiografia nacional foi pensada a partir de um duplo movimento, em fundamentos que achegassem o Brasil Independente as sociedades europeias, sem perder de vista, a singularidade do território nacional. Em síntese, a construção da história nacional esteve pautada na seletividade de documentos e na utilização parcial dos fatos, com intuito de projetar uma memória coletiva em uma sociedade que suprisse com as demandas politicas do século.

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    1. Larissa:

      Por que o interesse e preocupação de D. Pedro II e de Varnhagen em construir/estabelecer uma identidade brasileira? Por que o projeto de IHGB intencionava levar a escrita de Varnhagen para o ensino nas escolas daquele período?

      Jacquelyne Queiroz

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  6. Tami Hermano

    Ao escrever 54 seções num total de mais mil páginas no livro História Geral do Brazil, Francisco Adolfo de Varnhagen forja a história da formação da nação brasileira. Através de leituras em arquivos e literaturas, ele juntamente com o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro possuiu as peças essenciais para escrever a história do país, buscando caracterizar o que é "ser brasileiro" em sentido histórico, cultural, social e econômico. Nesse ponto analisamos que o que é ser brasileiro, é analisado sob um ponto de vista que valorizava a Europa e a sua monarquia e colocava a margem todos os grupos que não europeus, como os indígenas e negros.
    Através do seu livro entende-se que o processo de colonização, a chegada dos portugueses ao território brasileiro ocorreu de forma pacífica e além disso, necessária. Pois seu posicionamento é sempre favorável à matriz européia. Entretanto, há provas e pesquisas contestando esse acontecimento e nos dando a base necessária para combater essas afirmações, que embora tenham sido escritas no século XIX ainda apresentam grandes impactos na vida atual da população brasileira. É profundamente triste observar que ainda revivemos e perpetuamos essa ideia de gratidão aos portugueses. Mas, da mesma forma que esses autores buscou formas de forjar a história do nosso país, nós, enquanto historiadores devemos ter em prática a contestação dessas ideias e além disso, a busca para ressignificá-las.

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    1. Thami:

      O que Ribeiro (2011) quis nos dizer que "Varnhagem forja a história da formação da nação brasileira"?
      Qual a contribuição positiva que podemos perceber na atuação de Varnhagen no processo de construção da historiografia brasileira?

      Jacquelyne Queiroz

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  7. Thaís Machado

    O autor RIBEIRO (2011), enfatiza a história do Brasil no período regencial que foi forjado uma memória oficial dando assim uma nova narrativa histórica excluindo as rupturas desta narrativa o passado é construído com as representações forjadas no período regencial o Brasil estava sendo comandado por Dom Pedro segundo o período é chamado de residência regencial por conta da idade de Dom Pedro segundo havia necessidade de um e havia uma necessidade de uma regência o Brasil foi palco de grandes rebeliões o que me chama atenção é a busca obsessiva da identidade brasileira aproximada do Brasil nos padrões europeus e são vistos como civilizados e que se distancia da identidade local. Como o autor afirmar que, o passado definiria o campo de atuação de um saber – a história; o colonial marcaria uma temporalidade´´. (RIBEIRO, 2011, p. 104)

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    1. Thaís:

      Quais são os "dotes", segundo Varnhagen, necessários para um indivíduo atuar como historiador?

      Jacquelyne Queiroz

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  8. Laila Xavier



    O ensaio de RIBEIRO (2011) nos mostra as intencionalidades da obra história geral do Brasil escrita por Francisco Adolfo de Varnhagen. A história que Varnhagen conta é uma bela ramificação de Portugal, um país que possui um belo passado, a final, foi colonizado por um nobre país, de homens bons. Ele trás em seus escritos, nitidamente um discurso de supremacia branca, ele fala do lugar de um estrangeiro que venera em todos os sentidos Portugal e sua nobreza. Algo que me chamou bastante atenção durante os escritos de Ribeiro foi que, ao escrever seu livro Varnhagen tenta desqualificar a importância de outros povos além dos portugueses para formação do Brasil, deixando de fora a contribuição indígena e africana. Toda sua obra gira em torno de mostrar o passado promissor feito pelos nobres portugueses, criando uma identidade Europeia no país americano. Portugal em todo momento era engrandecido e isso mostra a intencionalidade de sua obra, construir uma história que fosse interessante à família real. Porem nada do que é escrito deve ser visto com estranhamento, a final, estamos falando de uma obra que não existiria se não fosse o IHGB, instituto criado pelo império, que ficou bem claro que encomendou o que deveria ser escrito. A fidelidade de Varnhagen e imensa, ela só não é pelo Brasil.

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  9. Laila:

    A intencionalidade de uma escrita foge de seu contexto histórico?
    O que seria na "fidelidade" na escrita?

    Jacquelyne Queiroz

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  10. O autor Renilson Rosa (2011) traz um estudo sobre a História Geral do Brasil escrita pelo historiador oitocentista Varnhagen, que elucida a criação de uma nação brasileira com uma única cultura e identidade através de narrativas elaboradas. O que me chama atenção é quando em alguns pontos do texto o autor traz trechos onde outros autores comentam sobre a prática de selecionar fatos no exercício de montar a narrativa da história do Brasil, onde a autora Lilia Schwarcz (1993), dá o exemplo das pedras, onde o especialista no seu oficio tende a separar as boas pedras das más pedras, assim também acontece ao se escolher os fatos históricos, que através dos letrados (criadores da memória) juntamente com o acervo documental que se acentuava no grêmio, onde era agrupadas histórias com a função de moldar desde a Independência 1822 a nação brasileira, onde os portugueses são exaltados e os índios e negros secundarizados dentro do contexto de civilização proposto por Varnhagen.

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