sábado, 31 de maio de 2014

Diário de Jack: Potira conta a sua versão.

          Depois de estudar com a 6ª série (7º ano) do Ensino Fundamental II (Colégio São Jorge/2014) o assunto Expansão Ultramarina e perceber os elementos que impulsionaram os europeus a se lançarem aos mares em busca de novas terras e riquezas (a visão do vencedor), acreditei ser interessante os alunos perceberem o outro "lado da moeda" da situação; ou seja, compreender a visão do vencido, do índio que já habitava o Brasil (no caso) quando os portugueses se nomearam donos das novas terras.
            Para isso entrei em sala de aula vestida de Potira, índia branca (filha de uma indígena e um homem branco) que contou uma história muito antiga, que ela ouviu de sua bisavó. Potira contou a primeira impressão que os índios tiveram aos verem as caravelas e o medo que tiveram ao perceberem que delas saiam monstros com 4 patas, 2 braços, 2 cabeças e possuíam a altura de dois índios. O corpo desse monstro era: metade da cor dos troncos das árvores, a outra metade tinha a pele da cor da Lua e dão dura quanto uma pedra.
            Depois de Potira contar a sua versão sobre a chegada dos portugueses, os alunos começaram a fazer várias perguntas: "Você dorme onde? Por que você esta usando sapatos? Algum parente seu lutou contra os portugueses? Por que seus parentes aceitaram presentes dos portugueses? Como você escova os dentes? (meu Deus, sempre fazem essa pergunta), Você também é prima de Jack?".
          Acredito que a experiência foi bastante positiva, percebi os alunos bem interessados e atentos. Muitos fizeram registros e comparações entre a visão do vencedor (europeus) e do vencido ( indígenas), percebendo com um pouco mais de facilidade os "dois lados da moeda" dessa História.

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